Grupo 1:

 

Sexta-feira

Bragança 1-1 VILA REAL

Viana do Castelo 1-1 Braga

 

Sábado

Bragança 0-2 Viana do Castelo

VILA REAL 0-3 Braga

 

Domingo

Bragança 1-2 Braga

VILA REAL 0-1 Viana do Castelo

 

Balanço do Selecionador Distrital da AFVR, Prof. Carlos Soares:

À partida para este torneio tínhamos definido  dois grandes objetivos: promover o jovem jogador do nosso distrito e apresentar qualidade de jogo, mostrando que, pela competência e sentido de compromisso destes jogadores, é possível organizar uma equipa jovem para jogar bom futebol. Sem dúvida alguma, estes objetivos foram alcançados, contudo, só quem fez parte desta seleção e quem se deslocou a Mirandela para nos ver jogar é que tem noção disso. Todos os restantes, vão ter apenas como referência os resultados alcançados e esses não espelham as boas prestações que tivemos.

 

Na antevisão ao torneio, tinha referido que, infelizmente, na cultura portuguesa o único medidor de sucesso ou insucesso dos processos desportivos é o resultado. É por isso que hoje estou triste, muito triste! Não por mim, mas por saber que todo o esforço destes jovens jogadores, da equipa técnica, da equipa médica, do staff e da direção não vão ter o reconhecimento devido, única e exclusivamente porque as boas prestações não se refletiram nos resultados.

 

O futebol distrital deve estar orgulhoso desta seleção e destes jovens jogadores que tão bem o representaram. Em primeiro lugar, porque desde o primeiro momento que eles se mostraram disponíveis para representar o seu Distrito, sem pedir nada em troca. Depois, pelos sacrifícios que fizeram nestes últimos 2 meses para se preparem da melhor forma para esta prova. Recordo, a titulo de exemplo, o Marco (Vilar Perdizes) e o Romeu (Salto), dois jogadores naturais do concelho de Montalegre, mas que residem e trabalham no Porto e em Braga, respetivamente. Nunca falharam a um treino que fosse, assumiram as horas e as despesas das viagens pelo orgulho em representar o distrito de Vila Real e sempre trabalharam com o maior dos empenhos.

 

Apesar de os resultados não terem correspondido, mantenho a crença de que a decisão de limitar esta seleção a jogadores sub-25 foi a melhor. Em primeiro lugar, pela qualidade de jogo apresentada, não acredito que a mesma fosse melhor com jogadores mais velhos. Depois, porque este torneio serviu também para a formação dos jovens jogadores que nos representaram, ao nível de pequenos pormenores que fazem toda a diferença e que, esses sim, um jogador mais experiente poderia fazer a diferença, contudo, desde o início que dissemos que este torneio ia servir para valorizar e formar os nossos jovens jogadores e isso foi conseguido.

 

Os nossos jovens jogadores precisam de jogos em que a competitividade e intensidade decisional seja grande durante todo o tempo de jogo para que, assim, aprendam a manter o foco que realmente interessa e menos em coisas supérfluas do jogo. Por exemplo, contra Braga fomos para o intervalo a perder 1-0. Apesar da pouca bola que tivemos, apenas permitimos a Braga uma oportunidade de golo e eles aproveitaram-na, porque estavam focados no seu objetivo. Na 2ª parte, entramos muito bem, continuamos a não permitir oportunidades a Braga e conseguíamos já sair com perigo e criar boas ocasiões para empatar. Então, a meio da 2ª parte, perdemos o foco a protestar junto do árbitro um fora-de-jogo que nos foi assinalado, Braga aproveitou para marcar rápido o livre, variou o flanco, meteu na área e o árbitro assinalou o penalti através do qual viríamos a sofrer o 2-0. É certo que não é penalti, já vi e revi as imagens e não há absolutamente nada, contudo, eu não controlo as arbitragens, apenas controlo o que os meus jogadores fazem e é com isso que tenho que me preocupar. Foi isso mesmo que lhes disse, jogadores focados no objetivo não se deixam influenciar por questões supérfluas como um fora-de-jogo mal assinalado, por exemplo. Mais do que o erro do árbitro, o único erro que interessa é esse, o nosso, a perda de foco no jogo e eles sentiram-no na pele da pior forma, pois quando estávamos muito perto do empate, sofremos o segundo golo, que nos deitou abaixo. É este o carácter formativo destes torneios, espero que estes jogadores transportem os ensinamentos com ele adquiridos para os jogos do nosso campeonato, e certamente que evoluirão ainda mais como jogadores.

 

Terminamos este processo com sentimento de missão cumprida. Representamos dignamente o nosso Distrito, apesar dos resultados! Estamos tristes pelos resultados, mas orgulhosos pela prestação, pelo nível competitivo apresentado e pela postura dos nossos jovens jogadores.

Permitam-me, antes de terminar, agradecer a todos os jogadores que participaram neste processo, quer aos 20 que estiveram neste torneio, quer a todos os outros que connosco foram trabalhando nos diversos estágios. Desejo-lhes as maiores felicidades do mundo! Agradeço, ainda, aos Clubes nossos filiados que connosco colaboraram com um sentido de missão e de responsabilidade perante a representação de todo o Futebol Distrital.”